Beato João Paulo II e o Papa Bento XVI: sede sempre amigos e apóstolos de Jesus Cristo!


O trabalho realizado pelos coroinhas, cerimoniários e acólitos durante a celebração é de muita importância, pois ajuda no andamento da celebração e para que tudo saia dentro do planejado. O Beato Papa João Paulo II escreveu uma carta dedicada aos coroinhas, o Beato João Paulo II pediu às comunidades paroquiais e aos sacerdotes que dediquem Maior atenção aos coroinhas, meninos e jovens que ajudam no serviço ao altar, pois constituem um “viveiro de vocações sacerdotais.” O pontífice lançava seu pedido na tradicional Carta que enviava aos sacerdotes do mundo com motivo da Quinta-feira Santa, na qual prestava particular atenção à oração e ao compromisso da Igreja para suscitar vocações à vida consagrada. “Cuidai especialmente dos coroinhas, que são como um “viveiro” de vocações sacerdotais”, explicava o Papa na carta aos presbíteros do mundo. “O grupo de acólitos, bem acompanhado por vós no âmbito da comunidade paroquial, pode percorrer um válido caminho de crescimento cristão, formando quase uma espécie de pré-seminário”.  “Recorrendo à cooperação de famílias mais sensíveis e dos catequistas segui, com solícita atenção, o grupo dos acólitos para que, através do serviço do altar, cada um deles aprenda a amar cada vez mais o Senhor Jesus, reconheça-O realmente presente na Eucaristia e saboreie a beleza da liturgia”. “Todas as iniciativas para os acólitos, organizadas a nível diocesano e por zonas pastorais, devem ser promovidas e estimuladas, tendo sempre em conta as diversas faixas etárias”. O Papa Karol Wojtyla se referiu também à sua experiência de Arcebispo de Cracóvia, quando pôde apreciar, segundo ele, “quão proveitoso é dedicar-se à sua formação humana, espiritual e litúrgica.” “Quando crianças e adolescentes realizam o serviço do altar com alegria e entusiasmo, oferecem aos da sua idade um testemunho eloquente da importância e da beleza da Eucaristia”. “Graças à acentuada sensibilidade imaginativa, que caracteriza a sua idade, e com as explicações e o exemplo dos sacerdotes e dos colegas mais velhos, também os miúdos podem crescer na fé e apaixonar-se pelas realidades espirituais”. “Nas regulares celebrações dominicais e feriais, os acólitos encontram-vos a vós, nas vossas mãos vêem “fazer-se” a Eucaristia, no vosso rosto lêem o reflexo do Mistério, no vosso coração intuem a chamada a um amor Maior”, diz o Papa em sua carta aos sacerdotes. ”Sede para eles pais, mestres e testemunhas de piedade eucarística e santidade de vida”, conclui.


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Durante uma audiência geral particular, diante de mais de 40 mil coroinhas da Europa, o Papa Bento XVI pediu aos jovens servidores do altar estar abertos à possibilidade do chamado à vocação sacerdotal. O Pontífice iniciou recordando que “faz mais de 70 anos, em 1935, comecei como coroinha”; e explicou que é “o Espírito Santo quem sustenta a vossa relação com Jesus, de maneira que não seja só externa”. “Hoje, vendo-vos aqui diante de mim na Praça de São Pedro –continuou o Santo Padre–, penso nos Apóstolos e escuto a voz de Jesus que vos diz: ‘Não vos chamei servos, senão amigos: permanecei em meu amor, e dareis muito fruto”. “Vos convido: Escutai esta voz! Cristo não o disse só faz dois mil anos; Ele está vivo e vo-lo diz agora. Escutai esta voz com grande disponibilidade; tem algo para vos dizer a cada um”, adicionou. “Talvez –continuou– a algum de vós vos esteja dizendo: ‘quero que me sirva de maneira especial como sacerdote convertendo-se assim em minha testemunha, sendo meu amigo apresentando aos outros esta amizade’”. O Pontífice exclamou logo: “Queridos coroinhas, Vós sois já apóstolos de Jesus! Quando participais da Liturgia realizando o vosso serviço no altar, vós ofereceis um testemunho. A vossa atitude de recolhimento, vossa devoção que parte do coração e se expressa nos gestos, no canto, nas respostas: se o fizerdes de maneira correta e sem distrações, nem de qualquer jeito, então o vosso é um testemunho que comove aos homens”. Bento XVI assinalou depois que os coroinhas estão “muito perto de Jesus na Eucaristia, e este é o maior sinal de sua amizade”. “Por isso vos peço: não vos habitueis a este dom, de tal forma que não se converta em uma sorte de rotina, sabendo como funciona e fazendo-o automaticamente, pelo contrário deveis descubrir cada dia novamente que acontece algo grande, que o Deus vivente está em meio de vós, e que podeis estar perto para ajudar a que vosso ministério seja celebrado e chegue às pessoas”. O Papa destacou que, desta forma “sereis verdadeiramente seus apóstolos e produzireis frutos de bondade e de serviço em cada âmbito de vossa vida: na família, na escola, no tempo livre”. “Queridos coroinhas, minhas últimas palavras são: sede sempre amigos e apóstolos de JesusCristo!“, concluiu.

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