O
Criador que tudo sustenta nas suas mãos, de quem todos nós dependemos, faz-Se
pequeno e necessitado do amor humano. Deus está no curral.
Papa Bento XVI
1. O Tempo do Natal se
estende desde as I Vésperas do Natal do Senhor até o Domingo após o dia 6 de
janeiro. O espaço celebrativo deve ser
sóbrio; a cor litúrgica é branco. As flores devem expressar a alegria da
comunidade ao anúncio feito pelo anjo na Noite santa do Natal.
2.
Na primeira missa (“da
noite / dia 24”) preparar próximo ao Ambão
ou em outro lugar visível uma pequena mesa para depositar a imagem do Menino Jesus e o Evangeliário ou Lecionário,
que após a proclamação do Evangelho deverá ficar aberto atrás da imagem do
Menino Jesus,
‘E o Verbo se fez carne, e
habitou entre nós’ (Jo 1, 14). A imagem pode já estar na mesa
preparada, coberta com um véu (paninho) e descoberto após o Anúncio do Natal,
durante o Hino do Glória.
3. O Anúncio
do Natal (conhecido também como canto das Kalendas) é entoado após o Ato Penitencial e antes do Hino do
Glória na Missa da Vígilia no dia 24. Para facilitar, entoa-se com tom
salmódico. A letra encontra-se no Diretório da Liturgia e da organização da
Igreja no Brasil 2012 pág. 39.
4. Entoar solene o Hino do
Glória, omitido durante todo o Advento e tão esperado na Noite de Natal. Os
coroinhas e acólitos poderão tocar os sinos (sinetas, carrilhão), manifestando
a alegria da festa que celebramos. Cuidar para não substituir o Hino do Glória da liturgia por cantos similares do
tempo natalino.
5. Escutar
de modo novo a Palavra de Deus: Ele fala pela Sagrada
Escritura, pela Eucaristia, pelas pessoas, pelos pobres e nos acontecimentos. Atenção: dar destaque ao Evangeliário (onde é possível, uma vez que nem todas as
comunidades tem o Livro Litúrgico) na procissão de entrada, e que a Palavra
de Deus seja proclamada pelos ministros leigos (leitores) do Lecionário e não de folhetos que depois
são jogados fora. Preparar bem os
leitores e salmistas. Mais que leitura, a Palavra de Deus deve ser
proclamada com alegria, convicção e, sobretudo compreendida pela comunidade
reunida.
6. Dar um tempo de silêncio após as leituras, antes de iniciar a homilia,
possibilitando um diálogo amoroso, orante e comprometido entre Deus e a
assembleia.
7. Valorizar
neste tempo o Credo Niceno-constantinopolitano,
que contém as verdades fundamentais da fé. Nas palavras “e se encarnou... até ...e
se fez homem” na Missa da Vígilia todos genufletem (os que tem saúde nos
joelhos). Para facilitar a oração da assembleia, o Credo pode ser projetado no
multimídia. Atenção: conferir a
fórmula do Credo no Missal Romano pág. 400. Cuidar para não retirar da internet
existe variações na fórmula com as Igrejas Orientais.
8. No
ofertório junto com os dons que vão
para a mesa do Altar, crianças podem oferecer ramalhetes de flores à imagem do Menino Jesus. Cuidar para as
flores não serem maiores que a imagem e tirar a visualização do Menino; se for
o caso, depositem as flores no chão.
9. Após a Bênção Final, introduzir o Menino Jesus no presépio e
convidar a assembleia para contemplar a cena de Belém; pode-se cantar o hino Noite Feliz.
10.
Após
a Santa Missa, valorizar o abraço e o desejo de Feliz Natal de Jesus entre as pessoas reunidas em oração.
Nota importante:
Não descaracterizar o sentido do Natal Cristão com
pisca-piscas, festões, fitas, luzes e bolas coloridas no presbitério. Cuidado
para não levar para dentro da Igreja e para o Templo, a mentalidade consumista do “natal” presente em nossa sociedade. É o Natal de Jesus, na simplicidade e na
alegria cristã que devem ter o maior brilho.