Liturgia eucarística
72.
Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e
banquete pascal, por meio do qual, todas as vezes que o sacerdote,
representando a Cristo Senhor, faz o mesmo que o Senhor fez e mandou aos
discípulos que fizessem em sua memória, se torna continuamente presente o
sacrifício da cruz.
Cristo tomou o pão e o cálice, pronunciou a ação de
graças, partiu o pão e deu-o aos seus discípulos, dizendo: «Tomai, comei,
bebei: isto é o meu Corpo; este é o cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória
de Mim». Foi a partir destas palavras e gestos de Cristo que a Igreja ordenou
toda a celebração da liturgia eucarística. Efetivamente:
1) Na preparação dos dons, levam-se ao altar o pão e o
vinho com água, isto é, os mesmos elementos que Cristo tomou em suas mãos.
2) Na Oração eucarística, dão-se graças a Deus por
toda a obra da salvação, e as oblatas convertem-se no Corpo e Sangue de Cristo.
3) Pela fracção do pão e pela Comunhão, os fiéis,
embora muitos, recebem, de um só pão, o Corpo e Sangue do Senhor, do mesmo modo
que os Apóstolos o receberam das mãos do próprio Cristo.
Preparação dos dons
73. A iniciar a liturgia eucarística, levam-se para o altar os dons, que se
vão converter no Corpo e Sangue de Cristo.
Em primeiro lugar prepara-se o altar ou mesa do
Senhor, que é o centro de toda a liturgia eucarística; nele se
dispõem o corporal, o purificador (ou sanguinho), o Missal e o cálice, salvo se
este for preparado na credência.
Em seguida são trazidas as oferendas. É de louvar que
o pão e o vinho sejam apresentados pelos fiéis. Recebidos pelo sacerdote ou
pelo diácono em lugar conveniente, são depois levados para o altar. Embora,
hoje em dia, os fiéis já não tragam do seu próprio pão e vinho, como se fazia
noutros tempos, no entanto o rito desta apresentação conserva ainda valor e
significado espiritual.
Além do pão e do
vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons, destinados aos pobres
ou à Igreja, e tanto podem ser trazidos pelos fiéis como recolhidos dentro da
Igreja. Estes dons serão dispostos em lugar conveniente, fora da mesa
eucarística.
74. A procissão em que se levam os dons é acompanhada do cântico do
ofertório (cf. n. 37, b), que se prolonga pelo menos até que os dons tenham
sido depostos sobre o altar. As normas para a execução deste cântico são
idênticas às que foram dadas para o cântico de entrada (cf. n. 48). O rito do
ofertório pode ser sempre acompanhado de canto.
75. O pão e o vinho são depostos sobre o altar pelo sacerdote, acompanhados
das fórmulas prescritas. O sacerdote pode incensar os dons colocados sobre o
altar, depois a cruz e o próprio altar. Deste modo se pretende significar que a
oblação e oração da Igreja se elevam, como fumo de incenso, à presença de Deus.
Depois o sacerdote, por causa do sagrado ministério, e o povo, em razão da
dignidade baptismal, podem ser incensados pelo diácono ou por outro ministro.
76. A seguir, o sacerdote lava as mãos, ao lado do altar: com este rito se
exprime o desejo de uma purificação interior.
Oração sobre as oblatas
77. Depostas as oblatas sobre o altar e realizados os ritos concomitantes, o
sacerdote convida os fiéis a orar juntamente consigo e recita a oração sobre as
oblatas. Assim termina a preparação dos dons e tudo está preparado para a
Oração eucarística.
Na Missa diz-se uma só oração sobre as oblatas, que
termina com a conclusão breve, isto é: Per Christum Dóminum nostrum; se
no fim da oração se menciona o Filho, diz-se: Qui vivit et regnat in sáecula
saeculórum.
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